Quando resolvi ir para Ilha de Marajó, tive muita dificuldade em achar informações úteis, válidas e realmente importantes. Então resolvi fazer um resumo aqui destes detalhes que julgo imprescindíveis. Não é tão simples chegar até lá…
COMO CHEGAR
De Belém para Camará, de forma regular, existem apenas 2 possibilidades:
De carro
Para quem estiver de carro, deverá ir até Icoaraci, a 20 km de Belém, para pegar a balsa (a viagem custa R$ 126 para um automóvel médio, e R$ 15,50 por pessoa na área econômica ou R$ 23,56 na área executiva, por trecho) com a empresa Henvil (www.henvil.com.br)
De navio
Duas empresas fazem este transporte do Terminal Hidroviário de Belém para Camará, na Ilha de Marajó: Banav (www.banav.com.br) e Arapari. A viagem custa R$ 20 por pessoa em econômica e R$ 35 na área Vip. A frequência dos navios é pouca, tem um ou dois horários diários apenas. Em feriados costumam botar um horário extra.
A vantagem da Banav é poder comprar as passagens pelo site. Fui na área vip da Banav e voltei na área vip da Arapari. Preferi a estrutura da Arapari!
Aconselho chegar com antecedência ao terminal de Belém porque é uma fila enorme para entrar na embarcação.
Chegando em Camará, ainda estamos longe (aproximadamente 35 km) de Soure e Salvaterra, que são as principais cidades da Ilha. Na sua chegada, no porto, existem várias vans e ônibus que levam para o centro das cidades. Para chegar a Soure, ainda tem que pegar outra barca.
Essa ida foi meio perrengue, mas a volta foi muito mais simples. Fechamos com o Edgar (Tel: 91 98100-5222) e ele mesmo nos vendeu a passagem do navio Camará-Belém. Recomendo fechar com ele a ida e a volta. Ele nos buscou no nosso hotel, em ônibus, pegamos a balsa até Salvaterra, dentro do ônibus, e nos deixou no porto de Camará.
HOTELARIA
A infraestrutura hoteleira na Ilha é meio precária e bem rústica. Não há nada luxuoso, mas tem pousadas boas. Fiquei hospedada uma noite na Pousada dos Guarás, em Salvaterra, e gostei muito. Meu quarto era bom, grande e bonito. Gostei muito de tudo o que pedimos do restaurante! A estrutura do hotel é boa, comparada aos demais hotéis da ilha e a área é bem grande. Fica localizado nas areias da Praia Grande. Eles oferecem passeios de búfalos e cavalos (R$ 20 o passeio de uns 40 minutos) e também organizam visitas a Soure.
Em Soure, fiquei uma noite na Pousada Canto do Francês. É simples, mas me atendeu para o básico, tendo em vista a falta de infraestrutura característica do local. O quarto era pequeno, mas tinha TV, ar condicionado e frigobar. O chuveiro era elétrico mas esquentava bem. O dono é um francês super metódico e cheio de regras, mas a hospedagem em geral foi boa. Não tivemos a oportunidade de provar o café da manhã lá pois saímos bem cedo para fazer um passeio.
Recomendo a estadia toda em uma só cidade, dividimos nas duas porque queríamos conhecer a Pousada dos Guarás.
PASSEIOS
1) Praia dos Pesqueiros – Muito legal quando a maré está cheia, que fica uma piscininha deliciosa. Vários restaurantes e bares que servem na areia da praia. Ótima para a prática de Kitesurf. É afastada do centro de Soure uns 11 km e, para quem não está de carro, há a opção de mototáxi (muito comum lá) ou taxi.
2) Fazenda São Jerônimo – Achei a melhor opção de passeio da Ilha. Os donos (Sr. Raimundo Brito e Sra. Jerônima) são muito simpáticos e têm muita história pra contar. Seu Brito, como é conhecido, é um engenheiro mecânico e físico que comprou a fazenda há 32 anos. A fazenda já foi cenário do programa “No Limite” e da novela “Amor, eterno amor”, ambos da Rede Globo.
O passeio custa R$ 70 por pessoa e eles não aceitam o pagamento com cartão de crédito, tem que ser a vista. A visita dura cerca de duas horas e tem trilha no campo, na praia e no mangue, passeio de canoa e de búfalo. Mas é bem tranquilo, só não recomendado pra quem tem problemas de locomoção.
BOA VIAGEM!!!